I EXPEDIÇÃO CIENTÍFICA (2.ª Parte)

16/05/2014 13:06

Após levantada a idéia de uma expedição a Itapira, a qual Edenir de Oliveira (Ponei), havia concordado prontamente, pensamos em verificar o material encontrado pelo Sr. Alduíno Barricatti e, através de um levantamento, iniciarmos pesquisas e possíveis escavações na região. Seria necessário um fim de semana e se possível um que encarrilhasse feriados. Imediatamente liguei para o Ezequiel, pois pretendíamos dar início nos preparativos o mais breve possível.

Ezequiel da Silva foi a primeira pessoa a se envolver em minhas pesquisas, ufológicas principalmente, isso em 1971. Em 1972 nos empenhamos nos estudos de Danïken, o que nos fez relacionar a Ufologia com a Arqueologia.

Ezequiel era o tipo de pessoa que gostava de florear os fatos adicionando, às vezes, dados, eu diria, incorretos. No entanto, eu depositava inteira confiança nele e diante dos perigos e problemas que surgiram mais tarde em expedições, minha confiança aumentou, pois tudo ele sabia a respeito de acampamentos e sobrevivência e afirmava com convicção. E sei mais; a fé que ele depositava em mim e em tudo aquilo que eu dizia e fazia, era imensa e, pela amizade que se criou entre nós, me fazia pensar que ele daria a própria vida pela minha.

Já estivéramos uma vez empenhados em pesquisar casos de Ufologia como o que se tornou manchete no jornal "Correio Popular" de Campinas: "Bola de fogo será Disco Voador?".

Em 26 de março de 1975 estava tudo pronto para a partida. Itapira dista de Campinas 78 Km, trajeto que faríamos de ônibus, pois não tínhamos condução própria. No último momento, o Ponei não pode nos acompanhar, pois seu pai adoecera. No entanto, um amigo do Ezequiel, Paulo Donizeti Silva, participaria desta expedição.

Paulo Donizeti trabalhava como desenhista técnico no jornal Correio Popular. Era o típico sujeito pacato. Passava horas sem dizer uma palavra. Jamais consegui descobrir no que ele pensava tanto. Era pessimista ao extremo e apesar de aceitar todas as ordens em uma expedição, nunca acreditou que chegaríamos a desenvolver a pesquisa científica. Participava de nossas expedições apenas por higiene mental, porém, dava mais importância à rotina do dia-a-dia.

Em 27 de março de 1975, à 08:00h, eu estava de partida para Itapira. José Ítalo Silvestrin serviria de guia e indicaria os caminhos em que faríamos pesquisas. Estava partindo para fazer o contato, pois o Ítalo haveria de me esperar em Itapira. Era quinta - feira da semana santa e, apesar de na IBM eu não trabalhar, o Ezequiel, que trabalhava na FEPASA e o Paulo Donizeti no Correio Popular, não tiveram esta regalia.

Pela descrição eram NEOLÌTICOS sem dúvida nenhuma. Teriam de 6 a 8 mil anos como constatei mais tarde.

A idéia primeira era de eu acampar aquela noite e na sexta-feira, voltar para a cidade e apanhar os dois. Porém, existiam dois problemas: condução era o primeiro e o outro, o Ezequiel achou muito arriscado eu passar a noite sozinho no acampamento, pois se algo de grave acontecesse, eu estaria a 18 Km da cidade. Concordei e assim, por volta das 21:00h, deveria esperá-los na rodoviária.

O moedor tinha a forma de um cone com 11,7cm de altura; a base tinha 5,8cm de diâmetro.

Às 10:00h já estava em Itapira. Fui muito bem recebido pela família Silvestrin a qual me deu todo o apoio possível. Para um estranho na casa, nunca me vi tão à vontade e em pouco tempo, já me sentia como um velho amigo da família. Passei todo o dia junto dos Silvestrin, e só partiria para o sítio de pesquisas por volta das 23:00h.